segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

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O Come, Emmanuel - Christmas Version - ThePianoGuys




Video Muito lindo :)

Redescobrir o Espírito de Natal


Thomas S. Monson Há muitos anos, quando eu era um jovem élder, fui chamado com outros irmãos para ir a um hospital em Salt Lake City dar bênçãos a crianças enfermas. Logo na entrada, deparamo-nos com uma árvore de Natal com luzes brilhantes e convidativas e vimos presentes cuidadosamente embrulhados sob seus longos ramos. Em seguida, passamos por corredores onde vários meninos e meninas — alguns com gesso no braço ou na perna, outros com doenças que talvez não pudessem ser curadas tão prontamente — nos receberam com um sorriso.
Um menininho gravemente enfermo me dirigiu a palavra: “Qual é o seu nome?”
Eu lhe disse qual era o meu nome, e ele pediu: “Pode me dar uma bênção?”
Pronunciamos a bênção e ao nos virarmos para sair de perto do seu leito, ele disse: “Muito obrigado”.
Demos alguns passos e, então, o ouvi dizer: “Ah, irmão Monson, feliz Natal para o senhor”. Em seguida ele abriu um largo sorriso.
Aquele menino tinha o espírito de Natal. O espírito de Natal é algo que espero que todos nós tenhamos no coração e na vida, não só nesta época em particular, mas também no decorrer do ano.
Quando temos o espírito de Natal, recordamos Aquele cujo nascimento comemoramos neste período do ano: “Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:11).
Atualmente, o espírito de dar presentes desempenha um papel preponderante na comemoração do Natal. Talvez nos fosse proveitoso perguntar: Que presentes o Senhor gostaria que eu ofertasse a Ele e aos outros nesta época tão preciosa do ano?
Permitam-me sugerir que nosso Pai Celestial deseja que cada um de nós faça a Ele e a Seu Filho a oferta da obediência. Não deveríamos ser egoístas, gananciosos ou briguentos, mas sinto que Ele gostaria que doássemos de nós mesmos, como sugeriu Seu Filho amado, no Livro de Mórmon:
“Pois em verdade, em verdade vos digo que aquele que tem o espírito de discórdia não é meu, mas é do diabo, que (…) leva a cólera ao coração dos homens, para contenderem uns com os outros.
Eis que esta não é minha doutrina, levar a cólera ao coração dos homens, uns contra os outros; esta, porém, é minha doutrina: que estas coisas devem cessar” (3 Néfi 11:29–30).
Nesta maravilhosa dispensação da plenitude dos tempos, nossas oportunidades de amar e dar de nós mesmos são de fato ilimitadas, mas também perecíveis. Hoje há corações a alegrar, palavras gentis a proferir, boas ações a praticar e almas a salvar.
Alguém que compreendia como poucos o espírito de Natal escreveu:
Eu sou o Espírito de Natal —
Entro na casa dos pobres, fazendo com que crianças pálidas arregalem os olhos em alegre admiração.
Abro a mão rígida do avarento e assim lhe ilumino a alma.
Faço os idosos remoçarem e rirem com gosto como em outros tempos.
Mantenho o encanto vivo no coração das crianças e ilumino suas noites com sonhos repletos de magia.
Faço pés subirem com ansiedade escadas escuras com cestos cheios, deixando em seu rastro corações maravilhados com a bondade do mundo.
Levo o esbanjador a fazer uma pausa momentânea em sua sanha perdulária para mandar aos que ama uma lembrancinha que faz brotar lágrimas de alegria — lágrimas que lavam os duros vincos da dor.
Entro em sombrias celas de prisão, mostrando a homens marcados pela vida o que ela poderia ter sido e apontando um futuro promissor.
Entro de mansinho na branca e silenciosa casa da dor e faço lábios demasiado fracos para falar apenas tremerem com gratidão inaudível, mas eloquente.
De inúmeras formas faço o mundo cansado olhar para a face de Deus e, por alguns instantes, esquecer as coisas pequenas e mesquinhas.
Eu sou o Espírito de Natal.1
Que cada um de nós descubra novamente o espírito de Natal, sim, o Espírito de Cristo.

"Um Natal Diferente"


"Um Natal Diferente"

Élder Jairo Mazzagardi
Dos Setenta

Quando minha esposa e eu servimos na Missão Salvador, resolvemos passar o Natal na cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina, Bahia.
Longe de tudo, resolvemos conhecer a beleza do local, Por entre as montanhas, víamos lugares que pareciam jardins construídos pela mão do Senhor. Riachos e cachoeiras corriam ao longo do caminho repleto de pássaros coloridos. Borboletas e flores exóticas completavam a paisagem de um céu azul completamente limpo.
Na noite de Natal, em uma pequena pousada, foi servida uma ceia simples. Sentíamos um espírito muito agradável e estávamos felizes por estar juntos e trocar alguns presentes também simples.
No dia de Natal, fomos conhecer uma caverna. Caminhamos muitos quilômetros para chegar até lá, mas valeu a pena, era um lugar muito lindo. Em um determinado local, durante nosso passeio, o guia pediu que apagássemos todas as lanternas. Ficamos em plena escuridão. Ele caminhou até um ponto sem que percebêssemos, e começamos a ouvir uma música como o som de uma marimba. Ouvimos as notas bem marcadas do hino Noite Feliz. Depois, foi-nos mostrado o guia batendo suavemente nas estalactites e extraindo o som que parecia ser de um instrumento musical de verdade.
Saímos de lá passando por águas muito transparentes e caminhamos até chegar a um lugar, debaixo de uma árvore, onde nos foi servido o almoço de Natal.
O prato era “Pancovo” servido com refrigerante gelado. Que banquete! Pancovo!
Fazia calor. Havíamos nos levantado cedo e estávamos com fome. Finalmente, a comida chegou. Fizemos uma oração pedindo a benção do alimento e agradecendo por tudo o que estávamos sentindo naquele dia.
Comemos vagarosamente, pois havia apenas uma porção para cada pessoa. O Pancovo consistia em um pão fresquinho com um ovo frito e uma folha de alface, acompanhado de um refrigerante gelado. Não havia o suficiente para repetir. Foi tão gostoso que até hoje relembramos o gosto daquele banquete de Natal.
Os anos se passaram, mais de 20 anos, e o que ficou em nossa lembrança foi a linda experiência de estarmos juntos e sentirmos o espírito de Natal.
Não foi um presente caro, não foi o luxo do lugar, não foi a abundância de comidas e bebidas, alias, nem havia chocolates ou sobremesa, mas foi um Natal perfeito.
Sentimos gratidão pelo Salvador que veio ao mundo por amor a nós e para nos resgatar (ver D&C 76:41-42). A união da família, o amor e o cuidado que sentimos naquele belo lugar, e a vida dedicada ao trabalho do Senhor em uma designação de servir ao próximo com amor fizeram desse época um Natal inesquecível.
Que este Natal seja também para vocês um tempo de reflexão, deixando de lado um pouco “as coisas deste mundo” (D&C 25:10) e suas distrações; e que vocês sintam o espírito de Natal voltando sua mente e seu coração para o Infante de Belém, Jesus Cristo, o Senhor.
Feliz Natal!