segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Thomas S. Monson - Ouse ficar sozinho !



“Creio que a primeira vez que tive coragem para defender minhas convicções foi quando servi na Marinha dos Estados Unidos, no final da Segunda Guerra Mundial. (…)
Sempre me lembrarei de quando chegou o domingo, depois da primeira semana [de treinamento]. Recebemos boas notícias do suboficial chefe. Em posição de sentido, no campo de treinamento, enfrentando a forte brisa da Califórnia, ouvimos sua ordem: ‘Hoje, todo mundo vai para a igreja — quer dizer, todos menos eu. Eu vou relaxar!’ Depois, ele bradou: “Todos vocês, católicos, reúnam-se no campo Decatur — e não voltem até as três da tarde. Em frente, marchem!’ Um contingente significativo se moveu. Depois, ele berrou sua ordem seguinte: ‘Os que são judeus, reúnam-se no campo Henry — e não voltem até as três da tarde. Em frente, marchem!’ Um contingente um pouco menor saiu marchando. Depois, ele disse: ‘O restante de vocês, protestantes, reúnam-se nos anfiteatros do campo Farragut — e não voltem até as três da tarde. Em frente, marchem!’
Imediatamente um pensamento irrompeu em minha mente: ‘Monson, você não é católico, não é judeu, não é protestante. Você é mórmon, portanto fique parado onde está!’ Posso assegurar-lhes que me senti completamente sozinho. Corajoso e determinado, sim — mas sozinho.
Então, ouvi as palavras mais agradáveis que aquele suboficial jamais proferiu. Ele olhou em minha direção e perguntou: ‘E o que vocês, rapazes, se consideram?” Até aquele momento, eu não tinha me dado conta de que houvesse alguém de pé ao meu lado ou atrás de mim no campo de treinamento. Quase em uníssono, cada um de nós respondeu: ‘Mórmons!’ É difícil descrever a alegria que me encheu o coração ao me virar e ver um grupo de outros marinheiros.
O suboficial coçou a cabeça com uma expressão desconcertada, mas por fim disse: ‘Bem, vão procurar algum lugar para se reunirem. E não voltem até as três da tarde. Em frente, marchem!’ (…)
Embora as coisas tivessem saído diferentes do que eu esperava, eu estaria disposto a ter ficado sozinho, se fosse necessário.
Desde aquele dia, houve ocasiões em que não havia ninguém em pé atrás de mim e, portanto, fiquei realmente sozinho. Quão grato sou por ter tomado bem antes a decisão de permanecer forte e fiel, estando sempre preparado e pronto para defender minha religião, caso surgisse a necessidade.”

Mensagem de Ano Novo ! - Thomas. S. Monson


Vida em Abundância

Com a chegada de um novo ano, desafio os membros da Igreja do mundo inteiro a empreenderem uma busca diligente e significativa pelo que chamo de vida em abundância — uma vida repleta de sucesso, bondade e bênçãos. Assim como aprendemos princípios básicos na escola, ofereço-lhes algumas sugestões que podem ajudar todos a terem vida em abundância.

Tenham uma Atitude Positiva.

O primeiro princípio que vou abordar é a atitude. William James, psicólogo e filósofo norte-americano pioneiro, escreveu: “A maior revolução de nossa geração é a descoberta de que, ao modificarem as atitudes interiores da mente, os seres humanos podem mudar os aspectos externos de sua vida”.1
Muito na vida depende de nossa atitude. O modo pelo qual decidimos encarar as coisas e agir com as pessoas faz toda a diferença. Se dermos o melhor de nós e depois optarmos por ser felizes com nossas circunstâncias, sejam quais forem, poderemos ter paz e satisfação.
Charles Swindoll — escritor, educador e pastor cristão — disse: “A meu ver, a atitude é mais importante (…) que o passado, (…) o dinheiro, as circunstâncias, os fracassos, os sucessos e o que os outros pensam, dizem ou fazem. É mais importante que as aparências, os talentos ou as aptidões. Ela pode erguer ou derrubar uma empresa, uma igreja ou um lar. O extraordinário é que podemos escolher a cada dia a atitude que adotaremos”.2
Não podemos mudar o rumo do vento, mas podemos ajustar as velas. A fim de termos o máximo de felicidade, paz e satisfação, escolhamos uma atitude positiva.

Acreditem em Si Mesmos

O segundo princípio diz respeito a crermos — em nós mesmos, nas pessoas a nossa volta e em princípios eternos.
Sejam honestos consigo mesmos, com os outros e com o Pai Celestial. Uma pessoa que só foi honesta com Deus quando já era tarde demais foi o Cardeal Wolsey que, segundo Shakespeare, dedicou uma longa vida ao serviço de três soberanos e desfrutou de riqueza e poder. Por fim, foi destituído de seu poder e de suas posses por um rei impaciente. O Cardeal Wolsey exclamou:
“Se a meu Deus eu tivesse servido com metade do zelo
que dediquei ao soberano, Ele não me teria, nesta idade,
abandonado nu diante de meus inimigos”.3
Thomas Fuller, clérigo e historiador inglês do Século XVII, enunciou esta verdade: “Quem não vive de acordo com suas crenças é porque não crê”.4
Não se considerem limitados nem permitam que os outros os convençam de que são limitados no que podem fazer. Acreditem em si mesmos e, então, vivam de modo a atingir seu potencial.
Vocês podem alcançar o que acreditam que podem. Confiem, creiam e tenham fé.

Enfrentem os Desafios com Coragem

A coragem torna-se uma virtude proveitosa e significativa quando é vista menos como a disposição de morrer bravamente e mais como a de viver dignamente.
O ensaísta e poeta norte-americano Ralph Waldo Emerson disse: “Precisas de coragem em tudo o que fizeres. Seja qual for o caminho escolhido, sempre alguém dirá que estás errado. Sempre surgirão dificuldades que te deixarão tentado a crer nos críticos. Traçar um curso e segui-lo até o fim requer a mesma coragem de um soldado. A paz tem suas vitórias, mas elas exigem homens e mulheres destemidos”.5
Haverá momentos de medo e desânimo. Pode ser que venham a sentir-se derrotados. As chances de sucesso podem parecer ínfimas. Às vezes, vocês podem sentir-se como um Davi que tenta derrotar um Golias. Mas lembrem-se de que Davi foi de fato vitorioso!
É preciso coragem para o impulso inicial rumo à meta sonhada, mas necessitamos de ainda mais coragem quando tropeçamos e temos de envidar novos esforços para vencer.
Tenham a determinação de empreender os esforços, a obstinação de lutar para atingir uma meta digna e a coragem não só de enfrentar os desafios que inevitavelmente virão, mas também de redobrar os esforços, caso necessário. Às vezes, a coragem é aquela pequena voz ao fim do dia que diz: “Tentarei de novo amanhã”.
Tenhamos em mente esses princípios ao iniciarmos nossa jornada no ano-novo, cultivando uma atitude positiva, a crença de que podemos alcançar nossas metas e resoluções, e a coragem de enfrentar todos os desafios que porventura surgirem em nosso caminho. Então, teremos vida em abundância.

Coragem para Enfrentar a Tempestade

Na segunda noite de meu acampamento das Moças da estaca, fomos surpreendidas por um forte temporal e um tornado. Havia 24 moças de nossa ala no acampamento e duas líderes, e todas tivemos de nos apertar em dois pequenos chalés, em busca de abrigo e proteção. A chuva estava forte e os ventos só pioravam. Fiquei continuamente pensando na oração que nosso presidente de estaca fizera no início da atividade, pedindo proteção. Nossa ala fez uma oração coletiva no chalé, e também fiz minhas orações pessoais.
Muitas meninas estavam com medo, e era fácil entender o motivo. Nosso chalé não era muito seguro, e estávamos perto de um rio. Uns vinte minutos depois, a tempestade ficou tão violenta que a estaca inteira teve que deixar os chalés em que estava e correr para o dos consultores, que ficava em um terreno mais alto. O presidente da estaca fez outra oração, e cantamos hinos, músicas da Primária e canções de acampamento para nos acalmar. Estávamos com medo, sim, mas sentíamos que tudo acabaria bem. Meia hora depois pudemos voltar em segurança para os chalés de cada unidade.
Algum tempo depois, soubemos o que acontecera com o tornado aquela noite. Ele se dividira em dois, gerando dois temporais. Um deles se desviou de nós pela direita, e o outro, pela esquerda. O que enfrentamos não tinha sido o pior da tempestade!
Sei que Deus ouviu nossas orações naquela noite e que nos protegeu do pior. Por que um tornado se dividiria em dois, a menos que Deus assim o determinasse? Sei que, nas tempestades da vida, podemos sempre orar ao Pai Celestial, e Ele nos ouvirá e responderá, dando-nos a coragem e a proteção de que precisamos para sair sãos e salvos.